Como a negociação envolvia em aceitar uma moeda digital com garantias de conversão em dinheiro e isso não foi possível, os brasileiros que venderam o imóvel entraram na justiça contra os suspeitos de repassarem um token brasileiro.
Para lançar esta moeda, os desenvolvedores afirmavam que teriam uma rede blockchain própria, com tokens de carbono sendo emitidos para compensar emissões de poluição, sendo este um NFT.
Brasileiros entram na justiça após aceitar criptomoeda de exchange brasileira por imóvel e não conseguir vender moeda digital
Esta negociação no mercado imobiliário brasileiro acabou não saindo como planejado para os vendedores, que entregaram um imóvel em Ourinhos-SP e receberam em troca uma criptomoeda de uma exchange, emitida como token de carbono.
A exchange brasileira GPX Exchange desenvolveu o token GPX Carbo, dizendo para companhias que este seria um meio de compensar emissões de poluentes no meio ambiente.
Com isso, na negociação os vendedores deixaram claro que poderiam aceitar criptomoedas e Bitcoin, com a promessa de que teriam a liquidez para trocá-los por dinheiro depois isso. O imóvel era avaliado em R$ 1 milhão.
Eles então aceitaram 63.491 tokens da GPX Carbo no negócio, mas agora não conseguem mais liquidar essas criptomoedas criadas por uma exchange brasileira. Deste modo, entraram na justiça contra a GPX ré que lhes deu os tokens, pedindo a devolução das moedas e o bloqueio do imóvel.
Na decisão nos últimos dias, o juiz do TJSP que olhou o caso e acatou o pedido de bloqueio do imóvel até que o caso seja melhor esclarecido, dizendo que essa é uma medida cautelar para garantir o direito dos autores.
Exchange afirmava ser fácil negociar moedas
Em suas redes sociais, esta desconhecida exchange de criptomoedas que emitiu o token de carbono dizia ser a maneira mais fácil e segura de comprar e vender criptoativos.
Porém, para os brasileiros que aceitaram um imóvel em troca de um token desta plataforma, a realidade é totalmente diferente a isso.
O caso mostra que muitas moedas digitais surgem como novidades e promissoras, mas na maioria não possui a segurança e liquidez do Bitcoin, esta sim uma forma de dinheiro digital reconhecido em todo o mundo.
É importante então ao efetuar uma transação envolvendo criptomoedas buscar garantias para que essa transação aconteça da melhor forma para ambas as partes, seja buscando um escrow, seja estudando bem a tecnologia antes para entender como funcionam estas redes.
Grandes compahias do setor imobiliário no Brasil já aceitam Bitcoin como meio de pagamento, mas tokens diferentes não. No Senado Federal existe um projeto de lei para ajudar os cartórios a fazer esses registros.
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