Foi publicado no início do mês de maio um documento chamado “Decentralized Society: Finding Web3’s Soul” (Em tradução livre: sociedade descentralizada: em busca da alma da web 3.0), escrito por E. Glen Weyl, Puja Ohlhaver e Vitalik Buterin, o criador da rede de contratos inteligentes Ethereum (ETH).
Trata-se do “whitepaper” de um novo tipo de padrão de token, chamado Soulbound Token (SBT), que tem como objetivo autenticar certidões, documentos e diplomas “ligados à alma do usuário” na web 3.0.
A ideia é que os soulbounds tokens sejam uma espécie de token não fungível (NFT) não transferível e para sempre ligado ao usuário que o cunhou.
“Se alguém lhe mostrar que tem um NFT que pode ser obtido fazendo X, você não pode dizer se eles mesmos fizeram X ou se apenas pagaram a outra pessoa para fazer X. Algumas vezes isso não é um problema{…} Mas e se quisermos criar NFTs que não sejam apenas sobre quem tem mais dinheiro, e que na verdade tentam sinalizar outra coisa?”, escreveu Vitalik em publicação ao seu blog em janeiro deste ano.
A proposta de Vitalik é justamente criar uma identidade pessoal na web 3.0, autenticada pela tecnologia do blockchain em forma de NFTs sem valor monetário e intransferível.
Uma das aplicabilidades consiste na ideia de trocar o método de recrutamento de verificar o LinkedIn de um candidato, para verificar seu currículo “on-chain” que mostraria a “alma” da universidade transferindo para você um SBT.
Buterin diz que, “’as almas podem codificar as redes de confiança da economia real para estabelecer proveniência e reputação”.
Enquanto com criptomoedas e NFTs o usuário tem a custódia das chaves para seus fundos monetários, e de posses digitais, com os SBTs você possui as chaves para suas credenciais.
Segundo o The Defiant, as credenciais on-chain já estão sendo usadas por empresas como 101 e RabbitHole.